Velhice, palavra proibida; terceira idade, expressão quase hegemônica

 
Artigo “Velhice, palavra proibida; terceira idade, expressão quase hegemônica” da professora Annamaria da Rocha Jatobá Palácios, do livro Corpos Mutantes: ensaios sobre novas (d) eficiências corporais, organizado por Edvaldo Souza.

Neste artigo a autora fala das mudanças e alterações fisiológicas causadas com o envelhecimento ao longo do tempo e faz um paralelo entre o conceito de velhice e a expressão terceira idade.

Após analisar 247 anúncios publicitários de cosméticos veiculados na década de 90, em revistas femininas brasileiras, a autora aborda como é difícil o “envelhecimento”, as alterações fisiológicas que ocorrem ao longo do tempo no corpo humano.

A idéia de velhice representa "o velho", "o ultrapassado" e "a falência múltipla do potencial do ser humano", produzindo sensações de desconforto, ansiedade e temores. O termo velhice gera um desconforto muito grande, pois está associada a decadência e é antecessora da morte.

Já a expressão “Terceira Idade” traz uma nova idéia do envelhecimento funcional, em que as pessoas estão social, profissional e intelectualmente ativas. É o envelhecimento que prioriza aparência de jovem, ativa e bela. Dessa forma as indústrias passaram a desenvolver o uso técnicas e tratamentos que retardem  o aspecto velho e feio.

Os percursos do corpo na cultura contemporânea

Artigo “Os percursos do corpo na cultura contemporânea” da professora doutora Malu Fontes, do livro “Corpos Mutantes: ensaios sobre novas (d) eficiências corporais.”

O artigo relata as mudanças sofridas pelo corpo ao longo do século XX dentro do contexto social, histórico e cultural e o culto ao corpo, principalmente o feminino, e sua construção canônica contemporânea.

A autora aborda o padrão do corpo contemporâneo idealizado, perfeito, desejado, midiático, resultado de um conjunto de procedimentos estéticos com objetivo de mudar as configurações anatômicas e estéticas.