A autora Vani Moreira Kenski, é graduada em Pedagogia e Geografia pela UERJ, doutora em Educação, pesquisadora do CNPq e orientadora de teses e dissertações no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de São Paulo (FE/USP), em seu livro Educação e Tecnologias: O Novo Ritmo da Informação traz a discussão sobre a relação de poder entre educação e tecnologias.
Conceitua tecnologia, que em muitos casos, confunde-se com o conceito de inovação, e técnica, que são maneiras, jeitos ou habilidades especiais de lidar com cada tipo de tecnologias e as novas tecnologias, na atualidade, referindo-se os conhecimentos provenientes da eletrônica, da microeletrônica e das telecomunicações.
De acordo com a autora as tecnologias servem para informar e comunicar. Essas tecnologias, chamadas por alguns autores de “Tecnologias Inteligentes”, cuja base é imaterial, não existe como máquina, mas como linguagem.
Ressalta ainda que para que a linguagem possa ser utilizada em diferentes tempos e espaços, são desenvolvidos inúmeros processos e produtos. Assim, surgem profissões que têm como foco de ação a comunicação, ampliando o acesso a notícias e informações para todas as pessoas, garantindo novas formas de uso das TICs para a produção e propagação de informações.
Kenski lembra que as TICs, cada uma com suas especificidades, se expressam por diferentes linguagens. A linguagem oral, forma mais antiga de expressão, na atualidade, ainda é a nossa principal forma de comunicação e de troca de informação; a linguagem escrita reorienta a estrutura social, legitimando o conhecimento valorizado pela escolaridade como mecanismo de poder e de ascensão, tornando-se assim, ferramenta para ampliação da memória e para a comunicação; e a linguagem digital, cuja base são os hipertextos, sequências em camadas de documentos interligados. Essa linguagem, segundo a autora, impõe mudanças radicais às formas de acesso à informação, à cultura e ao entretenimento.
Outro aspecto a ser ressaltado, que não deixa de ter relação com o que foi tratado acima, é o fato da educação e das tecnologias serem indissociáveis. Mas para que ocorra essa integração, é preciso, segundo Kenki, que conhecimentos, valores, hábitos, atitudes e comportamentos dos grupos sejam ensinados e aprendidos, ou seja, que se utilize a educação para ensinar sobre tecnologias.
Porém as tecnologias comunicativas não provocam ainda alterações radicais na estrutura dos cursos, na articulação entre conteúdos e não mudam as maneiras como professores trabalham didaticamente com seus alunos. Na verdade as tecnologias estão muito longe de serem usadas em todas as suas possibilidades para uma melhor educação.
Nesse sentido, a autora ressalta a necessidade de construção de novas estruturas educativas que não sejam apenas a formação fechada. Essa nova escola deve aceitar o desafio da mudança e do atendimento de formação e treinamento em novas bases, acabando com o isolamento da escola e a colocando em permanente situação de diálogo e cooperação com as demais instâncias da sociedade. Professores e técnicos começam a compreender que, além da fluência no uso da tecnologia digital, é preciso ter formação específica para o uso pedagógico do computador.
Vale ressaltar que a autora não diferencia o hacker do craker, referindo-se o primeiro como invasores de computadores e sites alheios com os mais diferenciados propósitos, ajudando na propagação equivocada do conceito.
No livro são destacados alguns problemas no uso das tecnologias na educação, inclusive nas tecnologias mais conhecidas e amplamente utilizadas como a fala e a leitura de textos, da falta de conhecimento do professor para melhor uso pedagógico das tecnologias, a falta de adequação das tecnologias ao conteúdo que vai ser ensinado, falta de manutenção desses equipamentos, escasso tempo para formação do docente.
Assim, a autora destaca que diante de tantos problemas é um grande desafio a utilização das tecnologias na educação, lembrando que por maior e melhor que seja a estrutura tecnológica, sozinha, ela não consegue realizar nenhum projeto educacional de qualidade.
Destaca que a escola precisa garantir aos alunos-cidadãos a formação e a aquisição de novas habilidades, atitudes e valores, desta forma, a parcela da sociedade que está fora dessa nova realidade tecnológica, vive em estado permanente de dominação e subserviência. Neste sentido, a relação entre educação e tecnologias de comunicação e informação devem integrar escola e comunidade de forma que a educação mobilize a sociedade e as TICs e os ciberespaços ofereçam possibilidades de interação e participação social.
Kenski nos traz alguns exemplos de experiências em educação voltadas para essa nova realidade como o Tabuleiro Digital, desenvolvido em 2004 pela Universidade Federal da Bahia, o programa Enlace ou World Links, desenvolvido em 2002 pela Secretaria de Educação de São Paulo, o projeto Infovias e Educação, iniciado em 2000 pela Universidade Federal de Goiás, o projeto de Cooperação Internacional no Distrito Federal, realizado nas escolas do ensino médio da rede pública do Distrito Federal.
Lembra que desde que as tecnologias de comunicação e informação começaram a se expandir, ocorrendo mudanças nas maneiras de ensinar e aprender. Assim, ressalta, que é muito difícil pensar que as atividades de ensino-aprendizagem possam ocorre exclusivamente em ambientes presenciais.
As tecnologias ampliam as possibilidades de ensino para além do curto e delimitado espaço de presença física de professores e alunos na mesma sala de aula.
A autora nos apresenta o medidor de grau de interação em atividades educativas apresentado por Moore, que conceitua “distância transacional”, ou seja, a distância física e comunicativa em sala de aula. Para Moore, a distância transacional será maior ou menor, dependendo da forma como alunos são tratados.
Os ambientes virtuais de aprendizagem cria um novo espaço possibilitado pelas tecnologias digitais. Esses ambientes são sistemas disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação.
Portanto, essas novas exigências educacionais, transformam a educação em prioridade nacional e percebemos que mudanças já ocorrem nos movimentos cotidianos de alunos e professores, da sociedade em geral. Assim, é imprescindível que as escolas incorporem esses movimentos no cotidiano das salas de aula.
Conceitua tecnologia, que em muitos casos, confunde-se com o conceito de inovação, e técnica, que são maneiras, jeitos ou habilidades especiais de lidar com cada tipo de tecnologias e as novas tecnologias, na atualidade, referindo-se os conhecimentos provenientes da eletrônica, da microeletrônica e das telecomunicações.
De acordo com a autora as tecnologias servem para informar e comunicar. Essas tecnologias, chamadas por alguns autores de “Tecnologias Inteligentes”, cuja base é imaterial, não existe como máquina, mas como linguagem.
Ressalta ainda que para que a linguagem possa ser utilizada em diferentes tempos e espaços, são desenvolvidos inúmeros processos e produtos. Assim, surgem profissões que têm como foco de ação a comunicação, ampliando o acesso a notícias e informações para todas as pessoas, garantindo novas formas de uso das TICs para a produção e propagação de informações.
Kenski lembra que as TICs, cada uma com suas especificidades, se expressam por diferentes linguagens. A linguagem oral, forma mais antiga de expressão, na atualidade, ainda é a nossa principal forma de comunicação e de troca de informação; a linguagem escrita reorienta a estrutura social, legitimando o conhecimento valorizado pela escolaridade como mecanismo de poder e de ascensão, tornando-se assim, ferramenta para ampliação da memória e para a comunicação; e a linguagem digital, cuja base são os hipertextos, sequências em camadas de documentos interligados. Essa linguagem, segundo a autora, impõe mudanças radicais às formas de acesso à informação, à cultura e ao entretenimento.
Outro aspecto a ser ressaltado, que não deixa de ter relação com o que foi tratado acima, é o fato da educação e das tecnologias serem indissociáveis. Mas para que ocorra essa integração, é preciso, segundo Kenki, que conhecimentos, valores, hábitos, atitudes e comportamentos dos grupos sejam ensinados e aprendidos, ou seja, que se utilize a educação para ensinar sobre tecnologias.
Porém as tecnologias comunicativas não provocam ainda alterações radicais na estrutura dos cursos, na articulação entre conteúdos e não mudam as maneiras como professores trabalham didaticamente com seus alunos. Na verdade as tecnologias estão muito longe de serem usadas em todas as suas possibilidades para uma melhor educação.
Nesse sentido, a autora ressalta a necessidade de construção de novas estruturas educativas que não sejam apenas a formação fechada. Essa nova escola deve aceitar o desafio da mudança e do atendimento de formação e treinamento em novas bases, acabando com o isolamento da escola e a colocando em permanente situação de diálogo e cooperação com as demais instâncias da sociedade. Professores e técnicos começam a compreender que, além da fluência no uso da tecnologia digital, é preciso ter formação específica para o uso pedagógico do computador.
Vale ressaltar que a autora não diferencia o hacker do craker, referindo-se o primeiro como invasores de computadores e sites alheios com os mais diferenciados propósitos, ajudando na propagação equivocada do conceito.
No livro são destacados alguns problemas no uso das tecnologias na educação, inclusive nas tecnologias mais conhecidas e amplamente utilizadas como a fala e a leitura de textos, da falta de conhecimento do professor para melhor uso pedagógico das tecnologias, a falta de adequação das tecnologias ao conteúdo que vai ser ensinado, falta de manutenção desses equipamentos, escasso tempo para formação do docente.
Assim, a autora destaca que diante de tantos problemas é um grande desafio a utilização das tecnologias na educação, lembrando que por maior e melhor que seja a estrutura tecnológica, sozinha, ela não consegue realizar nenhum projeto educacional de qualidade.
Destaca que a escola precisa garantir aos alunos-cidadãos a formação e a aquisição de novas habilidades, atitudes e valores, desta forma, a parcela da sociedade que está fora dessa nova realidade tecnológica, vive em estado permanente de dominação e subserviência. Neste sentido, a relação entre educação e tecnologias de comunicação e informação devem integrar escola e comunidade de forma que a educação mobilize a sociedade e as TICs e os ciberespaços ofereçam possibilidades de interação e participação social.
Kenski nos traz alguns exemplos de experiências em educação voltadas para essa nova realidade como o Tabuleiro Digital, desenvolvido em 2004 pela Universidade Federal da Bahia, o programa Enlace ou World Links, desenvolvido em 2002 pela Secretaria de Educação de São Paulo, o projeto Infovias e Educação, iniciado em 2000 pela Universidade Federal de Goiás, o projeto de Cooperação Internacional no Distrito Federal, realizado nas escolas do ensino médio da rede pública do Distrito Federal.
Lembra que desde que as tecnologias de comunicação e informação começaram a se expandir, ocorrendo mudanças nas maneiras de ensinar e aprender. Assim, ressalta, que é muito difícil pensar que as atividades de ensino-aprendizagem possam ocorre exclusivamente em ambientes presenciais.
As tecnologias ampliam as possibilidades de ensino para além do curto e delimitado espaço de presença física de professores e alunos na mesma sala de aula.
A autora nos apresenta o medidor de grau de interação em atividades educativas apresentado por Moore, que conceitua “distância transacional”, ou seja, a distância física e comunicativa em sala de aula. Para Moore, a distância transacional será maior ou menor, dependendo da forma como alunos são tratados.
Os ambientes virtuais de aprendizagem cria um novo espaço possibilitado pelas tecnologias digitais. Esses ambientes são sistemas disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação.
Portanto, essas novas exigências educacionais, transformam a educação em prioridade nacional e percebemos que mudanças já ocorrem nos movimentos cotidianos de alunos e professores, da sociedade em geral. Assim, é imprescindível que as escolas incorporem esses movimentos no cotidiano das salas de aula.
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